quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ADALBERTO DUARTE ANALISA O FATO.

SAÚDE – Falta Estrutura, Recursos Público-Privados e Vontade Política.

Adalberto Duarte da Silva, nascido em 05/10/1950 em Uberlândia, tendo sido acometido pela Poliomielite/Paralisia Infantil, aos 02 anos e 07 meses no lado direito de todo seu corpo, tendo ficado com falta de movimentação nos membros inferior e superior direito, razões pela qual passou a ser paciente desde então iniciando o tratamento nesta oportunidade na antiga POLÍCLINICA UBERLÂNDIA, que funcionava no prédio da atual Casa da Cultura à Rua Silva Jardim esquina com XV de Novembro, em frente à Praça Coronel Carneiro e Colégio Nossa Senhora anexo a Igreja Nossa Senhora das Dores, onde em 29/04/1978 foi celebrado a Cerimônia de seu casamento com Modesta Mª Silveira Fonseca, filha de João Fonseca de Camargo e de Mariana Silveira Fonseca (Fª adotiva do Sr. Leandro José de Oliveira); tendo tratado durante aproximadamente 06 ou 07 meses, recuperando e melhorando a parte de cima do tronco e membro superior, que apresentava enorme
hipertrofia/seqüela, ficando apenas ainda carente de tratamento a parte debaixo da cintura, especialmente, toda a perna direita/MID, que não tinha nenhum movimento e ainda iniciava uma falta de movimentação.

No entanto, por decisão arbitrária de se pai Alfredo Pinto Duarte (Pedreiro e Carroceiro), que DEUS na sua misericórdia o tenha perdoado tal como o fez Adalberto Duarte, porque de maneira ignorante paralisou o tratamento da doença no final de 1953, que havia iniciado corretamente desde o aparecimento da doença no início deste respectivo ano, mudando-se com toda a família para a zona rural (Mata Preta, Furnas, Capoeirão, água Limpa), do município de Buriti Alegre/GO, não deixando Adalberto Duarte da Silva (Kim), continuar seu tratamento médico ambulatorial, não atendendo aos insistentes pedidos de sua sogra, Maria Batista dos Santos (Mariquinha Benzedeira do Bairro Operário, atual Aparecida), que se ofereceu para cuidar do seu neto, deixando-o morar com ela até sua total recuperação, mas por ignorância e falta de educação, respondeu a sua sogra (SIC) “que ele é que havia feito e iria para onde ele fosse”.

Naquela oportunidade, chegando à zona rural de Buriti Alegre, onde foi morar toda a família inicialmente, passaram a trabalhar em um Olaria onde todos, desempenhavam uma tarefa, cabendo a Adalberto Duarte tocar o Moinho do Olaria, montando no lombo de uma Mula, amassando barro para confecção de Tijolos, onde toda a família iniciava suas atividades às 06h00min horas da manhã, após tomar o desjejum às 09 horas, com Banana Marmelo cozida com Rapadura, depois tinha o lanche com Biscoito de Panela ou Mandioca cozida com leite e açúcar; almoçava das 11hs30mins às 12hs00mins horas almoçava com arroz, feijão, carne de porco, de vaca, frangos ou peixes; repetindo-se o lanche às 15sh00mins e jantando por volta das 18hs30mins, dormindo as 21hs30mins após tomar um copo de leite com café, biscoito ou bolo.

Diante desta necessidade, o tratamento médico ambulatorial de Adalberto Duarte, deixou de ser feito até seu retorno para Uberlândia em 07/1958, apresentando uma atrofia e encurtamento acentuado do MID, obrigando-o a deambular/andar pulando semelhante ao Lendário Sacy Pererê; sendo que no início de 1962 teve que passar a fazer uso de uma Muleta, devido um desmaio ocasionado pelos sacolejos do Coração, de acordo com informações médicas na época; felizmente, em 07/1968 conheceu suas primas, Maria Augusta Tristão e Marilene Tristão, que residiam numa fazenda no município de Goiandira/GO.

Capitaneada pela Sebastiana Dias Tristão (D. Dica), ainda durante as férias escolares de 07/1968, quando Adalberto Duarte passava as férias na localidade de Goiandira, fez um compromisso de que ela arranjaria, por intermédio de seus filhos: Jairton Batista Tristão e de sua esposa Valéria Seabra Tristão, que residiam à Quadra Residencial nº 108 Bloco B Apartº nº 303 no Plano Piloto da Asa Sul; bem como de seus filhos então solteiros: Joaquim Batista Tristão e Leny Batista Tristão, que residiam na Quadra Comercial nº 510 da Avenida W-3, Brasília/DF, uma maneira de fazer com que este seu parente, deixasse de deambular/andar fazendo uso de uma Muleta.

Voltando para Uberlândia no final de 07/1968, Adalberto Duarte (Kim), retornou aos estudos no Ginásio Cristo Rei, tendo custado a esperar o término da 3ª série em 11/1968, retornando imediatamente para Goiandira, na esperança de que a promessa da Tia Dica transformasse-se em realidade palpável e na fazenda aguardava ansiosamente, sua ida para a residência do Jairton Tristão e Valéria Seabra Tristão, iniciando uma saga em busca de uma vaga 10º andar no Departamento de Ortopedia e Traumatologia do 1º HDB – Primeiro Hospital de Base de Brasília/DF; sendo que esta luta incansável duraria 12 meses, terminando somente numa data que jamais esqueceria, na manhã de 22/12/1969, porque justamente no momento em que estava sendo internado, foi informado do falecimento de sua avó Maria Batista dos Santos/Mariquinha Batista a então famosa Benzedeira do antigo bairro Operário, atualmente Bairro Aparecida.

Tendo em vista, as dificuldades ao longo de 12 meses para se obter esta vaga, havendo necessidade de comparecimento no Ambulatório de Ortopedia, durante este período de 2ª a 6ª feira no período de manhã e a tarde, Adalberto Duarte então com 19 anos de idade, teve que infeliz e constrangido de tomar a decisão de continuar sua internação, ao invés de viajar para sua cidade natal, para assistir ao Velório e Sepultamento de sua querida Avó; depois de internado passou a ser alvo de atenções especiais do Dr. Euler da Costa Vidigal, cirurgião ortopédico responsável pelas 07 (sete) cirurgias a que foi submetido, durante 18 meses de internações, em períodos intercalados a cada cirurgia realizada; tendo sido recepcionado de maneira maravilhosa pela D. Juvenília (Chefe de Enfermagem do 10º andar), bem como pelas auxiliares de enfermagem, Maria Peres e Divina, que nunca lhe faltaram e sempre estiveram presentes, nos momentos mais difíceis
durante o período de internação, dando de maneira objetiva todo tipo de apoio, que necessitasse Adalberto Duarte.

Se já não bastassem estas peripécias ao longo de tanto tempo, o paciente Adalberto Duarte (Kim), ainda teve que contar com muita sorte, para que não fosse submetido à amputação da parte de seu MID (perna D), conforme proposição do Dr. Edson Antunes, Coordenador do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do 10º andar do 1º HDB - Primeiro Hospital de Distrital de Base, que não concordava com as cirurgias devido ao custo, tempo longo e imprevisibilidade do resultado, preferindo a simples amputação e colocação de uma perna de pau; no entanto, como sempre Deus esteve presente na vida de Adalberto Duarte (Kim), contando com a concordância e apoio irrestrito, do Dr. Aloísio Campos da Paz, o então médico do paciente Dr. Euler da Costa Vidigal, deu continuidade a sua proposta de submetê-lo as cirurgias propostas, fazendo com que em 05/1971 recebesse alta hospitalar, com uma receita para colocação de sua primeira Bota e Aparelho
Ortopédico, passando a fazê-lo até o presente momento.

Ao retornar para Uberlândia no final do 1º semestre de 1971, Adalberto Duarte participou de um processo seletivo, realizado em 30/10/1971 para preenchimento de 04 (quatro) vagas no então Hospital Escola da Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia (HE da EMECIU), tendo iniciado suas atividades em 15/11/1971, sido admitido em que foi transformado em Hospital Escola da Faculdade de Medicina e Cirurgia de Uberlândia (HE da FEMECIU, tendo admitido sidos admitidos com contrato trabalhista assinado na CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social, em 01/01/1972 como Auxiliar de Escritório, juntamente com Maria Auxiliadoras Rangel, Neusa Maluf Wutke e Mauruzan Félix Ribeiro.

Em virtude de um acidente ocorrido em 1969, na estrada de Goiandira para a Fazenda da Tia Dica, quando bateu o nariz na cabeça da Valéria Seabra Tristão, gerando uma fratura com desvio de septo, Adalberto Duarte teve que ser submetido à cirurgia, visando esta correção que de fato não obteve êxito; em 11/05/1987 novamente Adalberto Duarte teve que ser internado no Hospital de Clínicas da UFU, com sintomas de IAM – Infarto Agudo do Miocárdio, tendo sido constato obstrução de 75% da circunflexa E; tendo permanecido durante 05 (cinco) dias na UTI e 10 (dez) dias na enfermaria da Clínica Médica, tendo feito a desobstrução por meio de uma Angioplastia no Hospital Beneficência Portuguesa, após ter sido atendido pela Dra. Lea Jatene e seu pai Dr. Adib Jatene, com a interveniência do deputado federal Dr. Homero Santos, no Instituto do Coração.

Adalberto Duarte foi submetido à Cirurgia de Redução de Estômago (bariátrica), em 09/07/2003, quando estava pesando em torno de 111 quilos, uma exorbitância para quem mede apenas 01 metro e 60 centímetros (1m60cm) de altura, sustentado apenas por uma perna esquerda, em decorrência da paralisia infantil na perna direita, que apresenta uma grande atrofia e encurtamento, fazendo uso de Bota e Aparelho Ortopédico, tendo em razão deste procedimento cirúrgico, realizado pela equipe do Dr. José Renan Escalante Hurtado, tendo emagrecido 31 quilos aproximadamente, durante um período de 12 meses pós operação.

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