domingo, 11 de outubro de 2009

Reclamações do pronto-atendimento das UAIs registra queda entre 60 a 80%

A nova coordenação das Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) de Uberlândia, ao completar três meses de atuação, já registra queda entre 60% e 80% no número de reclamações quanto ao pronto-atendimento, restando apenas aquelas quanto ao sistema de marcação de consultas.
Embora informais, os dados foram repassados pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, que estão contribuindo para a obtenção da melhoria da qualidade e presteza do atendimento das UAIs.O bom resultado, segundo avalia o coordenador das unidades, Adalberto Duarte da Silva, é devido ao melhor envolvimento e comprometimento dos profissionais das equipes paramédicas do sistema.
"Os problemas continuam existindo, mas já amenizamos a



situação", frisa o coordenador. "Temos a consciência de que é difícil a solução dos problemas, porque não depende somente do Secretário Municipal de Saúde e do prefeito, depende também de uma somatória de esforços das esferas municipal, estadual e federal", completa.
De acordo com Adalberto, a administração Odelmo Leão busca resolutividade também para as Unidades Básicas de Saúde e (UBS) e o Programa Saúde da Família (PSF), na esfera do atendimento primário (conjunto de procedimentos e serviços de promoção e prevenção dirigidos ao indivíduo, à família e à comunidade) e para as UAIs, na questão secundária (pronto atendimento, resolução imediata de problemas).

"Infelizmente, as UAIs estão transformadas em atendimento terciário (tratamento prolongado, que pode envolver também a internação), sem terem sido projetadas para tal finalidade, isso porque a estrutura de Uberlândia não acompanhou a demanda da cidade e da região.
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), com cerca 470 leitos, atende pacientes do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com, aproximadamente, três milhões de habitantes.
Isso faz com que tenhamos uma deficiência em internação terciária de 1.100 a 1.200 leitos, ou seja, estamos improvisando macas nos corredores do HC, macas nos corredores das UAIs, transformando consultórios em enfermarias.
Tudo isso porque cresceu o atendimento primário e secundário, sendo que o terciário ficou estagnado", explicou o coordenador.Adalberto Duarte da Silva informa que o prefeito Odelmo Leão trabalha politicamente no sentido de construir o Hospital Regional de Uberlândia, com a participação do Município, do Estado e da União.
"O problema não é do município de Uberlândia, mas de uma região que abrange 77 cidades. E, para que isso seja sanado de maneira razoável, há necessidade da co-participação tanto da Prefeitura, quanto do Estado e da União, através da Universidade", ressaltou.Até que seja possível a construção do Hospital Regional, a Prefeitura ? através da Coordenação das UAIs ? busca apoio da iniciativa privada, internando pessoas nos hospitais Dom Bosco, São Francisco, Santa Clara, Santa Catarina, Santa Genoveva e Madrecor.

Jornal Correio

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